quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Paisagens do Rio Tarauacá

O rio Tarauacá é um afluente do rio Juruá, nascendo no Acre passa pela cidade que leva seu nome, a jusante passa pela cidade de Envira que se localiza no Estado do Amazonas, deságua no rio Juruá, um pouco acima de Eirunepé.

O projeto de se fazer uma viajem por essa região nunca passou por minha cabeça, fui visitar meu pai em Eirunepé e estava com planos de fazer um trabalho nesta cidade, mais meu pai foi chamado para trabalhar em Envira, então fui a sua procura, 20 minutos de voo de Eirunepé à Envira.

Quando decolei no pequinino avião, vi como é formidavel os meandros do Juruá e do Tarauacá, estava na época da vazante e então se podia ver as pontas de deposições, e alguns meandros abandonados, logo passou na minha cabeça este projeto.

Estava indo a um lugar totalmente novo pra mim e pra muitos amazonenses que nem sabe quisas que Envira faz parte do Amazonas.

Registrei a paisagem do rio Tarauacá, de Envira à Eirunepé, numa viajem de barco que durou 3 dias, sai dia 22 de setembro de 2011 no batelão do Senhor Chaguinha acompanhado por minhas duas cameras e mais 4 camelôs.

Segundo Milton Santos (1996) a palavra paisagem é freqüentemente utilizada em vez da expressão configuração territorial. Esta é o conjunto de elementos naturais e artificiais que fisicamente caracterizam uma área. A rigor, a paisagem é apenas a porção da configuração territorial que é possível abarcar com a visão. Assim, quando se fala em paisagem, há, também, referência à configuração territorial e, em muitos idiomas, o uso das duas expressões é indiferente.

O espaço é a sociedade, e a paisagem também o é. No entanto, entre espaço e paisagem o acordo não é total, e a busca desse acordo é permanente; essa busca nunca chega a um fim.

A paisagem existe através de suas formas, criadas em momentos históricos diferentes, porém coexistindo no momento atual. No espaço, as formas de que se compõe a paisagem preenchem, no momento atual, uma função atual, como resposta às necessidades atuais da sociedade. Tais formas nasceram sob diferentes necessidades, emanaram de sociedades sucessivas, mas só as formas mais recentes correspondem a determinações da sociedade atual.

Milton Santos in A natureza do espaço. EDUSP, 1996. p. 103-105





A travesia do rio no final da tarde, de um lado Envira de outro um infinito verde.
Foto: Andre Zumak, 2011.



O porto de Envira.
Foto: Andre Zumak, 2011.



Futboll na ilha formada na vazante, bem no meio do rio, a saída da bola é uma desculpa pra tomar um banho.
Foto: Andre Zumak, 2011.



Final da tarde sentada na sala, a porta e a janela olhando pro rio, eita preocupação.
Foto: Andre Zumak, 2011.



Tarafeiro, nas deposições laterais plantações de melâncias.
Foto: Andre Zumak, 2011.



Trinta Reis voando soberano
Foto: Andre Zumak, 2011.



Final da pescaria, final do dia.
Foto: Andre Zumak, 2011.



Olhando o final do dia
Foto: Andre Zumak, 2011.



Colheita do feijão de praia
Foto: Andre Zumak, 2011.



Nascer do sol
Foto: Andre Zumak, 2011.


passando a tarafa
Foto: Andre Zumak, 2011.



Travesia canina
Foto: Andre Zumak, 2011.



Dois 18 - observe o motor não é de centro, o rio constuma secar muito, então só da pra nevegar com rabetão
Foto: Andre Zumak, 2011.



só na manha
Foto: Andre Zumak, 2011.



Casinha olhando o rio
Foto: Andre Zumak, 2011.



De subida, com gasolina e outras mercadorias.
Foto: Andre Zumak, 2011.



Quintal cheio de bananeiras
Foto: Andre Zumak, 2011.



Na vazante o rio fica distante da casa, fazendo com que a vista seja igual a de um mirante.
Foto: Andre Zumak, 2011.



Colheita
Foto: Andre Zumak, 2011.



Nem precisa de canoa
Foto: Andre Zumak, 2011.



Subindo vazio
Foto: Andre Zumak, 2011.



Casa abandonada pelo risco de desmoronamento
Foto: Andre Zumak, 2011.


Colheita
Foto: Andre Zumak, 2011.



Deposição lateral, com escala uma família num rabeta.
Foto: Andre Zumak, 2011.




Muitas arvores caem devido a forte erosão lateral do rio.
Foto: Andre Zumak, 2011.




Flor do lago
Foto: Andre Zumak, 2011.



Finalmente a foz, e logo adiante o Juruá.
Foto: Andre Zumak, 2011.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

No final da Transamazônica há um pote de ouro, Lábrea I

Entristecido pelos fatos ocorridos recentemente, onde a falta de ética de algumas pessoas envolvidas em sites similares ao Lentes da Amazônia tendem a desmerecer o trabalho e a criatividade de PESQUISADORES e ESTUDANTES. Todo o Trabalho de confecção manual de um blog a obtenção de fotos além da dedicação de sempre trazer novidades do cenário Amazônico são desestimulados com estes acontecimentos.

Fora parte os Plágios, voltemos à Lábrea...

Uma cidade Pequena localizada no final da Transamazônica, cujo o acesso se limita a poucos vôos e algumas embarcações, demoradas no que concerne o transporte de pessoas e mercadorias, Lábrea as margens do Rio Purus se mostra como uma cidade de hábitos urbanos com Universidades, comércios e influências do meio externo. 

Uma cidade de lindas paisagens onde a aventura seria chegar ou tentar descobrir as estas belezas não somente naturais, mas, sociais com um povo cordial de hábitos amazônicos.....  Fazendo o relato de um viajante, me apaixono cada dia mais por nossas cidades encravadas  na floresta amazônica cujas realidades são destonantes e aliviantes quando se enxerga a verdadeira felicidade de um povo que muitos poderiam considera isolados mas por mim muito bem localizados. 


Aeroporto de Lábrea; Heitor Pinheiro, 2011
Praça Central em Lábrea; Heitor Pinheiro, 2011
Fauna Urbana; Heitor Pinheiro, 2011
Cotidiano; Heitor Pinheiro, 2011
Felicidade?; Heitor Pinheiro, 2011
Catedral; Heitor Pinheiro, 2011
Monumentos católicos; Heitor Pinheiro, 2011
Catedral segunda vista; Heitor Pinheiro, 2011
Chegada à cidade; Heitor Pinheiro, 2011
Cidade suspensa; Heitor Pinheiro, 2011
Contraste; Heitor Pinheiro, 2011
Cotidiano de uma cidade pequena; Heitor Pinheiro, 2011
Distorções do Tempo; Heitor Pinheiro, 2011
Convivência; Heitor Pinheiro, 2011
Time fora; Heitor Pinheiro, 2011
PAZ; Heitor Pinheiro, 2011
Cidade Suspensa segunda vista; Heitor Pinheiro, 2011
Cidade ou Campo?; Heitor Pinheiro, 2011
Vida em Lábrea; Heitor Pinheiro, 2011
Porto de Lábrea; Heitor Pinheiro, 2011
Arco do Desmatamento; Heitor Pinheiro, 2011
A volta; Heitor Pinheiro, 2011
Meandros do Purus; Heitor Pinheiro, 2011
Deposições; Heitor Pinheiro, 2011
Deposições 2; Heitor Pinheiro, 2011
Imenso tapete verde de Deus; Heitor Pinheiro, 2011
Desmatamentos; Heitor Pinheiro, 2011
Trasnamazônica; Heitor Pinheiro, 2011
Trasnamazônica 2; Heitor Pinheiro, 2011
Cursos d'agua; Heitor Pinheiro, 2011
Floresta; Heitor Pinheiro, 2011
Grandes Lagos Amazônicos; Heitor Pinheiro, 2011
Frente fria; Heitor Pinheiro, 2011